Três novas jazidas de dinossauros de dimensões significativas foram descobertas em Torres Vedras, vindo assim a comprovar o potencial de património paleontológico por explorar naquele concelho, anunciaram hoje os investigadores da Associação Leonel Trindade.
Bruno Silva, investigador e presidente da Associação Leonel Trindade de Torres Vedras, responsável pelos trabalhos de ca
mpo, afirmou hoje à agência Lusa que as prospecções realizadas «resultaram na descoberta de três novas jazidas com dinossauros, trilhos com pegadas de dinossauros e também de tartarugas e répteis voadores».
«Há um grande potencial de património paleontológico diversificado por explorar no concelho» tendo em conta os achados de dinossauros, tartarugas, crocodilos e répteis voadores descobertos, disse o investigador.
A extensão das jazidas leva os investigadores a falarem na hipótese de criação de um futuro museu ao vivo.
Na campanha paleontológica, que decorreu entre os dias 10 e 30 de Setembro, foram também escavados na localidade de Cambelas achados, sobretudo vértebras e o fémur, de um dinossauro saurópode e outros ossos pertencentes a outros dinossauros de menor porte.
Segundo os investigadores, «os restos destes animais terão sido enterrados num leito de um rio e sido depois deslocalizados possivelmente por uma grande cheia».
Os investigadores da associação têm vindo a trabalhar também na conservação, classificação e inventariação de fósseis sobretudo de dinossauros, reunidos numa colecção de um particular do concelho, José Joaquim dos Santos, adquirida em 2009 pela câmara municipal que veio a assinar um protocolo de parceria com a associação.
José Joaquim dos Santos, um carpinteiro da localidade de Casalinhos de Alfaiata passou vinte anos da sua vida a recolher nos seus tempos livres achados de dinossauros nas arribas e outros locais da região e há dois anos decidiu vendê-los ao município para vir a expô-los num futuro museu temático.
Do espólio destacam-se um fémur de um dinossauro saurópode e várias vértebras dorsais, caudais e servicais, parte da cintura pélvica e dois dentes de um mesmo dinossauro juvenil que os cientistas presumem ser um terópode carnívoro da espécie "tyranosauroide".
A colecção, composta por mais de um milhar de vértebras e setecentos dentes pertencentes não só a dinossauros, contém também fósseis de tartarugas, crocodilos, peixes e até tubarões.
Estas descobertas indicam que até membros da família Tyrannosauridae podem ter vivido em Portugal no Cretáceo!
Fonte: Lusa/SOL
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